Saí de casa à pressa, como de costume.
O tempo contado ao segundo, o percurso feito em piloto automático, as respostas dadas aos miúdos em série, como numa linha de montagem.
O chão estava molhado da noite, alguém se atravessou numa passadeira repentinamente, e sem esperar {nunca se espera}, não tive tempo de travar em segurança, o carro resvalou no piso escorregadio e bati no da frente.
Não aconteceu nada nem aos carros, nem a nenhum de nós. Os miúdos reagiram calmamente, imitando a minha calma encenada. Passados pouco mais de 2 minutos estavam a passar o portão da escola, como se nada fosse. Ajeitei-lhes os casacos, entreguei-lhes as mochilas e dei-lhes o beijo da praxe. Tudo numa aparente normalidade.
E agora que estou longe deles, posso parar de fingir que tenho sempre tudo sobre controlo. Merda, que bati com o carro e que podia ter sido chato.
As pressas dão nisto.
A Vida avisa. A ver se aprendo desta vez.
2 comentários:
Um dia não são dias!
Mas realmente a pressa é inimiga de perfeição.
Atenção aos sinais. Já diz o ditado: mais vale perder um minuto (ou vários) na vida que a vida num minuto. Agora relaxa e tem um ótimo dia! ;)
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